Vocês, humanos, estão mortos!

Na tarde ensolarada daqui do centro, o som ao redor tem motores, rumores, cantores sertanejos, sons de construção, vozes ao longe e um cachorro latindo insistentemente. O que será que ele diz? Sua força, insistência e convicção me fazem escutar algo como: “Vocês estão vivos? Se sentem vivos? Essa vida que levamos não faz o menor sentido! Duvido alguém sair na janela agora e latir para mim de volta! Mortos! Vocês, humanos, estão mortos!” 

Ele é um cachorro muito lúcido e sensível.